A arte do remix tem um papel decisivo no cenário musical contemporâneo. Desde o início dos anos noventa, produtores e DJs vem desenvolvendo técnicas, seja em estúdio ou nos clubes e festas, que permitem a reconstrução de material sonoro alheio de um modo verdadeiramente criativo. Hoje, o remix é encarado como uma nova forma de composição, uma técnica autoral, e não apenas como um jeito de deixar mais “radiofônicas” aquelas faixas destinadas à execução massificada.

O espaço ocupado pelo remix na indústria do disco é diretamente proporcional a essa enorme revolução. Quase todos os artistas liberam suas músicas para serem retrabalhadas pelos DJs e produtores especializados. Depois, boa parte dessas faixas acaba invadindo as pistas de dança, as colunas especializadas dos jornais e revistas e até mesmo os programas de rádio.

Há muito as bandas e os DJs pernambucanos já se aperceberam da importância do remix como ferramenta criativa e de divulgação, idealizando trabalhos que tiveram sucesso de público e de crítica. Falta, no entanto, algo mais sistematizado, que chame a atenção para a quantidade de excelentes artistas locais envolvidos com essa arte, ajudando, assim, a acrescentar uma atração a mais entre as oferecidas pela cena local.

TRANSFORMER vem para suprir essa ausência, servindo tanto como uma mostra da capacidade de nossos artistas em utilizar o potencial criativo do remix como, também, como arma para divulgar ainda mais a produção musical do estado.

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